terça-feira, 11 de outubro de 2011

Empresas Líquidas

Fonte: Google Imagens

Lacan (1975) postulou na Universidade de Milão, que o laço social, a forma como nos dirigimos ao outro (semelhante) e ao Outro (cultura) mudaria completamente, mediante a ascensão ou mutação de um novo discurso social.
Anteriormente, no Seminário XVII o próprio Lacan havia formulado a teoria dos 4 discursos (mestre, histérica, analista e universitário) como ferramentas para adesão ao laço social. O primeiro através da autoridade, o segundo pelo sintoma, o terceiro pela abstinência e o último pelo saber. O quinto discurso, chamado de capitalista, é alçado ao grau de consumo. O sujeito neste discurso está pronto para consumir e produzir objetos de consumo.
Neste cenário, as empresas foram gradativamente incorporando tal lógica ao seu protagonismo mercadológico o que influenciou substancialmente seus modelos de gestão. Com o quinto discurso o que era sólido, como as grandes instituições de mestria (Igreja, Estado, Monarquia e Fábricas) declinaram frente o imperativo do consumo. 
Neste cenário, no qual o sólido torna-se líquido, as empresas do século XXI tem um grande desafio para enfrentar o apetite do consumidor. Com base na inovação constante, não é mais apenas as empresas de tecnologia e da moda, que operacionalizam essa lógica. Hoje, todas as empresas que desejam permanecer no mercado, deverão se ajustar a uma lógica liquida, que baseada nas ideias do sociólogo Zygmunt Bauman, antes mesmo de uma estrutura consolidar-se ela entra em colapso para dar vazão a novos modelos, sempre provisório e que duram, enquanto durar o apetite do consumidor.
Um exemplo da lógica dos modelos de gestão liquidas em prática é o caso da Apple, que em menos de um ano lançou uma nova versão do Ipad e do Iphone 4. Só neste último em menos de uma semana de lançamento já vendeu 1 milhão de aparelhos, 400 mil a mais que no ano passado na época do seu lançamento oficial.
As empresas que desejam se manter vivas, devem tornar seus processos flexíveis e engendrar a inovação com bases práticas para manter a expansão dos seus produtos e serviços, exigindo assim, novas ferramentas e modelos de trabalho. A geração Y provavelmente responderá com mais eficiência e eficácia, mas é necessário uma parceria constante entre as gerações para promoção de avanços nos modelos de trabalho, principalmente na inovação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário