quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Profissional da Geração Y chega aos cargos de chefia



A chamada Geração Y - composta por pessoas nascidas entre 1980 e 2000 - está dominando o mercado. E está sendo cada vez mais comum profissionais dessa faixa etária assumirem funções estratégicas nas empresas. Segundo pesquisa do Staton Chase International/Grupo Foco, atualmente 25% dos cargos de chefia são ocupados por jovens dessa geração, que possuem como principais características o poder de liberdade de expressão, o alto investimento em educação e a elevada expectativa em sua carreira.



De acordo com o diretor Acadêmico e coordenador do Laboratório de Estudos sobre Gestão e Geração Y (Laby) da Faculdade IBGM, Jorge Gomes, esse cenário é fruto justamente do investimento na educação realizado pelos jovens profissionais. “Eles buscaram se dedicar a cursos de qualificação profissional, a aprimorar idiomas estrangeiros, a fazer intercâmbios. Além disso, são intraempreendedores, inovadores e costumam quebrar paradigmas. Tudo isso deu a eles uma grande bagagem e os tornou capazes para assumir grandes responsabilidades”.

Junto a isso, surgiu uma nova forma de liderar. “Se antes os modelos de gestão eram fechados, hoje estão mais abertos. Até a forma de ver o concorrente se transformou; ele pode se tornar um parceiro. A administração está vinculada à ideia de conexão, além do uso do marketing digital e das redes sociais”, analisa o professor.  Se, por um lado, essa chefia jovem proporciona um novo ânimo às decisões estratégicas da empresa, por outro desperta conflitos nos colaboradores mais velhos, que se sentem mais preparados - e merecedores - desse lugar. Como resolver, então, essa questão?

É daí que vem o retorno da palavra parceira. É preciso que cada um veja o outro como colega de trabalho. “O funcionário da geração anterior, a X, deve se colocar ao lado, e não acima, na posição de um mestre. A sua atuação diante do jovem é como a de um coach (preparador). Ele vai orientar e se colocar à disposição. Confesso que o movimento de adaptação é muitas vezes impulsionado pelo funcionário mais velho do que pelo da Geração Y, que possui como marca o individualismo. Mas, ao mesmo tempo, o jovem reivindica um feedback sobre sua performance profissional e aí pode encontrar um grande aliado”, declara Jorge Gomes.

Mas, para se manter no cargo, o jovem profissional precisa desenvolver competências que, a princípio, parecem contraditórias à marca da Geração Y, como ter paciência. “Gerenciar ansiedade é o principal desafio dessa nova chefia. Mas é fundamental para o aprimoramento de uma visão estratégica”, orienta o diretor Acadêmico da Faculdade IBGM.

COMPETÊNCIAS DA JOVEM CHEFIA
1 - Estabelecer relacionamentos de parceria
2 - Ter paciência
3 - Desenvolver visão de negócios
4 - Estudo constante e atualizado
5 - Dominar um segundo idioma
6 - Manter rede de relacionamentos
7 - Ler diariamente jornais e revistas
8 - Saber se comunicar


*Matéria concedida a jornalista Priscila Santos e publicada na Folha de Pernambuco (04.10.11)

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